Braskem sobre sair de Alagoas: ‘Não é chantagem, é sobrevivência empresarial’

A Braskem pode ir embora de Alagoas em até seis meses. A hipótese veio à tona depois que a petroquímica anunciou a paralisação de algumas atividades no estado depois do laudo divulgado pelo Serviço Geológico Nacional dando conta de que a instabilidade no solo dos bairros do Pinheiro, Bebedouro e Mutange foi provocada pela extração de sal-gema.

Diretores da empresa negam que indústria esteja praticando “chantagem”. Afirmam que se a empresa não voltar funcionar no estado terá que buscar alternativa para atender clientes e garantir sobrevivência.

O vice-presidente da Braskem, Marcelo Cerqueira, garantiu que a indústria vai arcar com a responsabilidade social com os moradores do Pinheiro e afirmou que estão sendo investidos R$ 20 milhões em obras e estudos sobre as rachaduras e afundamento de imóveis e vias.

As três unidades industriais que formam a indústria neste estado: mineradora que extrai sal-gema da jazida de Maceió, considerada como uma das maiores na América Latina; a unidade de produção de dicloretano e soda-cáustica; e a indústria de PVC que fornece matéria-prima para indústrias de segunda e terceira geração da cadeia de plásticos no País, estão paradas ou paralisando as atividades. A Justiça e os Ministérios Públicos Federal e Estadual sugeriram a paralisação.

A empresa vai ter que importar matéria-prima para atender os fornecedores e se em seis meses não voltar a funcionar deve ir embora de Alagoas. A informação foi repassada aos diretores da Braskem em reunião fechada com o presidente da indústria Fernando Musa, na última terça-feira, em Maceió.

A decisão de transferir a Braskem foi apontada como única saída para a sobrevivência da empresa do grupo Oldebrechet, que já tem outro lugar para iniciar a exploração de sal-gema.

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