Correios levarão até três semanas para normalizar entregas em AL, diz sindicato
Após o fim da greve em dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), as entregas retornarão ao seu fluxo normal nos Correios de Alagoas em cerca de duas ou três semanas, segundo estima Alysson Guerreiro, do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Telégrafos e Correios em Alagoas (Sintect-AL).
Cerca de 500 trabalhadores retornaram às ruas e Centros de Distribuição no estado nesta terça-feira (22), para as atividades de distribuição de encomenda, que antes estavam trabalhando com cerca de 70% da capacidade. Alysson diz que a retomada acontece apesar da decisão do TST, que, segundo ele, não foi favorável aos trabalhadores.
“Um trabalhador que recebia R$ 1.700 ao mês recebeu um reajuste um pouco acima da inflação, mas perdemos várias cláusulas do nosso acordo. Agora, temos maiores contribuições em planos de saúde, por exemplo, que derrubam esse vencimento para R$ 1.200 no máximo”, afirma.
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT) defendeu a continuidade da paralisação apesar do dissídio no TST. Em Alagoas, a ideia ainda não é ventilada.
Na decisão da Corte, a greve não foi considerada abusiva, e metade do salário dos funcionários relativos aos dias de paralisação devem ser pagos. O restante, contudo, será compensado. Segundo o sindicato, o acordo imposto pelo tribunal representa uma queda de 40% nos vencimentos dos trabalhadores, apesar do aumento no salário bruto.