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Estado descarta ‘fechar tudo’, mas cobra cautela durante alta temporada

Em reunião com o setor produtivo, nesta quinta-feira (26), o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, descartou a possibilidade de fechar tudo outra vez como medida extrema de combate ao avanço do coronavírus. Por outro lado, ele confirmou um aumento no número de casos nos últimos dias e adiantou que a alta temporada, que traz a Alagoas uma grande quantidade de visitantes, vai exigir a adoção de medidas para frear o contágio.

Por enquanto, o gestor afirmou que a palavra de ordem é cautela e que não trabalha com a hipótese de Alagoas enfrentar uma segunda onda da Covid. Atualmente, segundo ele, o Estado tem 550 leitos exclusivos em funcionamento, com taxa de ocupação de 40%. A testagem para detecção do vírus também continua ocorrendo. A Central de Triagem do Sesi, em Maceió, e a de Arapiraca seguem abertas ao público.

De acordo com a Sesau, os municípios de Coqueiro Seco, Minador do Negrão e Viçosa tiveram os maiores aumentos de casos nesse período de campanha eleitoral. “Tivemos que acompanhar de perto porque a proliferação saiu do controle e a transmissão aumentou muito e rapidamente. Maceió, por ser muito populosa, sempre requer nossa atenção. Já retomamos a estratégia para que, se for necessário, voltar a criar novos leitos”, detalhou o secretário.

Ele garantiu que, neste momento, não há possibilidade de o Governo do Estado determinar o retrocesso das fases do plano de distanciamento social controlado. “Não há essa necessidade. Os números cresceram, mas são números pequenos e que têm nos dado a segurança e tranquilidade de continuar trabalhando com serenidade. Hoje, nós temos hospitais em funcionamento, uma estrutura de rede hospitalar e maior experiência dos nossos profissionais da saúde, que nos dá segurança para continuar tratando nossos pacientes. A ideia é dialogar com o setor produtivo e chamá-los à responsabilidade”.

Segundo Ayres, o aumento nos números não pode ser imputado somente às aglomerações políticas. “As praias estão lotados, os bares estão cheios, assim como os bares e academias. A gente precisa utilizar a máscara, evitar aglomerações e continuar higienizando as mãos”, reforça.

Apesar de afastar o risco de uma segunda onda da Covid atingir Alagoas, o secretário adiantou que o Estado está reforçando o estoque de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como medida de precaução.

Conforme revelou, a incidência maior de casos, neste momento, tem sido na faixa etária de 20 a 29 anos. “Os jovens estão nas ruas, perderam o medo da contaminação e do vírus, mas estão esquecendo que possuem pais, avós e familiares no grupo de risco. E que isso pode gerar grandes danos à população”.

Com relação à alta temporada, Alexandre Ayres disse que se trata de um momento estratégico. Como os destinos turísticos lotam, a tendência é grande movimento de visitantes vindos do exterior e de outras partes do País. “Isso vai gerar alguns efeitos no nosso acompanhamento epidemiológico. Mas, iremos continuar reforçando esse acompanhamento. Estamos dialogando com a rede de bares e hotéis para que a gente tenha esse acompanhamento mais apurado. Não há necessidade de mudança de faixa”.

Ele também garantiu que Alagoas não corre o risco de perder testes de coronavírus. “O Ministério da Saúde (MS), quando disponibiliza os PCRs para os estados, libera em lotes, cotas pré-programadas pra alguns períodos. Então, não temos esse risco de perda de validade como tem acontecido no órgão federal. Nós estamos realizando nova compra de testes. A Europa está com dificuldade, a Ásia também e é isso que vai gerar uma corrida mundial em cima da compra de EPIs. O estado está se precavendo para o caso do aumento no início de 2021”.

 

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