Vendas de Natal devem movimentar R$ 35 milhões em Maceió
As festas de final de ano devem aquecer as vendas no Comércio de Maceió e, segundo pesquisa de Intenção de Compras para o Natal realizada pelo Instituto Fecomércio AL, movimentará R$ 35 milhões no consumo de bens e serviços. Apesar deste volume ser 7,89% menor do que o montante que circulou no mesmo período de 2018 (R$ 38 milhões), a intenção de compras este ano está maior: 66% dos entrevistados pretendem comprar no período. Ano passado, esse percentual foi de 57,8%.
O assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado de Alagoas (Fecomércio AL), Felippe Rocha, explica que a justificativa desse desempenho está no valor que o consumidor irá desembolsar, que este ano deve ficar em R$ 273,20 (em 2018, R$ 290,18).
“Embora a intenção de compras esteja maior, o ticket médio está mais baixo. Os consumidores querem adquirir, mas com a renda ligeiramente menor, serão mais restritos e tentarão poupar mais e quitar suas dívidas”, avalia.
Mesmo com o leve recuo na projeção de volume movimentado, para o Comércio, este é o melhor período de vendas no ano. O décimo terceiro injetará R$ 1,754 bilhão na renda da economia alagoana. Além disso, a alta temporada, as férias escolares e as confraternizações demandam o setor de serviços, principalmente o de Turismo, repercutindo na cadeia do comércio. “O cenário é positivo, pois a recuperação da economia, em conjunto com uma redução das taxas de desemprego em geral, deve motivar os empresários a contratarem mais temporários, a investirem na diversificação de mercadorias e serviços, estimulando assim toda uma cadeia econômica já bastante aquecida”, analisa Felippe.
Números
A pesquisa do Instituto Fecomércio fez perguntas direcionadas ao 13º salário. Nesse contexto, 69% dos entrevistados receberão o pagamento e 38,83% irão utilizá-lo para pagar contas em atraso; 18,77% vão reserva-lo para pagar despesas do início do ano, a exemplo de matrícula, material escolar e IPTU; 9,39% irão poupar parte do dinheiro; 8,74% gastarão com as férias e viagens; e 5,5% investirão em reforma residencial, mas há quem não saiba, ainda, como irá utilizar o dinheiro (18,45%).
Para os 33,8% dos consumidores que disseram que não irão fazer compras de Natal, os principais motivos são: desemprego (25,6%); endividamento (20,83%); comemora de outra maneira (14,29%); mais cautela com o uso do dinheiro (11,31%); falta de costume de dar presente (9,52%) ou não ter a quem presentear (8,93%), entre outras questões (9,52%).
Para quem vai gastar, a maioria pretende comprar apenas um presente (46,83%), dois (30,51%), três (11,78%), quatro (0,91%) e cinco ou mais (9,97%). Ainda de acordo com a pesquisa, os filhos serão os mais presenteados neste Natal (48,64%); em seguida, os cônjuges (22,66%). Se auto presentear será a escolha de 3,36%.
Em relação aos gastos com os presentes, 19,03% investirão entre R$ 251 e R$ 300; 17,52% pretendem gastar acima de R$ 400; 16,92% entre R$ 101 e R$ 150; 16,31%, entre R$ 51 e R$ 100; 13,9% entre R$ 201 e R$ 250; 6,95% entre R$ 151 e R$ 200; 5,74% entre R$ 301 e R$ 400; e 3,63% gastarão até R$ 50.
Diferentemente do ano passado, quando os brinquedos lideraram a preferência dos consumidores, este ano os itens de vestuário aparecem em primeiro lugar, com 36,34%, seguidos de brinquedos (22,22%), perfumes e cosméticos (9,91%), calçados (5,41%), cestas natalinas (4,5%), óculos e relógios (4,5%) e livros (4,2%), entre outras opções.
As lojas dos shoppings devem ser as mais procuradas pelos entrevistados (57,7%) que também vão consumir no centro de Maceió (28,40%), lojas de rua/bairro/galeria (6,34%), internet (5,44%) e supermercados (0,91%). A forma de pagamento que deverá ser mais utilizada será o cartão de crédito parcelado (65,26%), à vista/dinheiro (28,1%), à vista/cartão de débito (3,02%) e cartão de crédito rotativo (3,32%).
O preço (56,19%) é o fator que mais atrairá os clientes, mas outros motivos também estimularão as compras: promoção (18,13%); praticidade (6,34%); conforto (3,93%); variedade (3,63%); proximidade (1,51%) e qualidade dos produtos (1,21%). A pesquisa completa está disponível no endereço www.fecomercio-al.com.br/instituto.