Em ofício à CBF, Atlético-MG cita “escândalo” na arbitragem

VAR novamente é um ponto central no Campeonato Brasileiro. No último sábado, o Atlético-MG venceu o Corinthians, mas deixou o jogo em São Paulo cobrando um pênalti não marcado de Gil em Vargas no início da partida. A diretoria do clube mineiro fez um protesto formal na CBF, exigindo acesso às conversas da equipe de arbitragem no lance ignorado, bem como o afastamento dos árbitros. O ge teve acesso ao ofício (veja abaixo) encaminhado à CBF no domingo.

“Aconteceu um verdadeiro escândalo na arbitragem do jogo acima referido” (diz parte do ofício do Atlético).

O duelo Corinthians 1×2 Atlético foi comandado por Rodrigo Dalonso Ferreira (SC) e teve Pathrice Wallace Corrêa Maia (RJ – no comando do VAR). No documento do Atlético, o presidente Sérgio Sette Câmara e o vice Lásaro Cândido (que assinam o texto), citam uma “sugestão de falta de isonomia” do árbitro de vídeo, uma vez que a atuação do VAR em lances do jogo Palmeiras x Fluminense foram divulgados.

Sette Câmara já havia protestado contra a arbitragem logo após o confronto da 21ª rodada. Já Lásaro postou vídeo no Twitter também comentando o caso.

– Causa estranheza que no mesmo dia, no jogo realizado às 21h30min entre Palmeiras e Fluminense, algumas jogadas daquele jogo tiveram o áudio ao vivo divulgado, sugerindo comportamento não isonômico e lançando dúvidas quanto ao cumprimento dos protocolos e as regras básicas de arbitragem, inclusive em relação ao VAR – diz parte do ofício do Galo.

Ofício do Galo enviado à CBF

FOTO: REPRODUÇÃO

Outra petição do Atlético no ofício é que o presidente de arbitragem da CBF, o ex-juiz Leonardo Gaciba, venha a público se posicionar a respeito da falta de Gil em Eduardo Vargas dentro da área do Corinthians. O Galo cobra, além da marcação do pênalti, a também expulsão do zagueiro do Timão. Gaciba e o presidente da CBF, Rogério Cabloco, são os dois destinatários do ofício.

– Aconteceu um verdadeiro escândalo na arbitragem do jogo acima referido, em que o árbitro de campo, com visão frontal do lance aos quatro minutos, deixou de assinalar uma penalidade máxima, não tendo tampouco aplicado o cartão vermelho pelo “agarrão” feito pelo zagueiro Gil do Corinthians.

O Atlético também se refere a Gaciba pois o mesmo chegou a dar entrevista ao SporTV afirmando que o VAR errou em lance no qual o atacante Luciano, do São Paulo fez um gol contra o Galo, anulado pela arbitragem por impedimento. Tal situação levou a direção do São Paulo a ir pessoalmente na CBF e pressionar, trocando membros da escala de arbitragem do jogo contra o Grêmio (fato que já havia gerado preocupação da direção atleticana).

Medidas cabíveis

Continuação do ofício enviado pelo Atlético-MG

FOTO: REPRODUÇÃO

No ofício, o Atlético reforça o direito de ter acesso aos áudios e vídeos do VAR no jogo contra o Corinthians, até para “estudar as medidas adicionais cabíveis, inclusive perante o STJD, se for o caso”.

O Atlético vem sendo sucessivamente prejudicado em lances capitais e elementares e espera transparência, lisura e respeito da Comissão de Arbitragem.

O Galo também requer urgência da CBF em tratar o assunto, citando que o time de Sampaoli entrará novamente em campo pelo Brasileiro nesta quarta-feira, em jogo atrasado da sexta rodada, contra o Athletico-PR, no Mineirão – a arbitragem é de Dyorgines Andrade (ES) e o VAR será de Rodrigo Nunes de Sa (RJ): “(O Atlético) teme pela não observância dos protocolos e que seja mais uma vez gravemente prejudicado em lances capitais”.

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