Tirullipa explica saída de Carlinhos Maia de série após briga com Whindersson
Tirullipa, 35, está vivendo uma boa fase. Enquanto ele comemora a bilheteria da sequência de “Os Parças” -o longa faturou mais de R$ 12 milhões até o momento-, o humorista também se prepara para a terceira temporada da série “Os Roni” (Multishow). Ele conta que a história foi adaptada para garantir a continuidade da produção mesmo sem Carlinhos Maia, um dos três protagonistas ao lado de Whindersson Nunes.
O influenciador se desentendeu com Whindersson, e os dois trocaram farpas e acusações nas redes sociais. A briga foi tão feia que Carlinhos, até então chamado pelos seus seguidores de “rei do Instagram”, desativou a sua conta da rede social.
O principal sinal de que as relações dos dois estavam estremecidas surgiu publicamente quando Whindersson Nunes não foi ao badalado casamento de Carlinhos e Lucas Guimarães, no Sergipe. O humorista e sua mulher, a cantora Luísa Sonza, seriam padrinhos da união. Carlinhos chegou a pedir desculpas pelas redes sociais, mas não adiantou.
Para Tirullipa, a briga entre os dois colegas fez “perder o clima” para o trio continuar a atuar junto.
“A história dos Roni são três irmãos querendo fazer seus nomes na vida. O personagem do Carlinhos já fez o nome dele, então ele casa com um baitola rico e vai se embora para a Europa. Ficou tudo bem. O Whindersson e o Carlinhos já se falam de novo, mas o clima ficou chato, e ele já queria fazer o programa dele”, afirma o humorista.
Maia estreou, no início de dezembro, a série “Uma Vila de Novela”, também no canal Multishow, inspirada no que ele já faz pelo Instagram, que é mostrar a rotina de sua família e de seus vizinhos em Penedo (AL).
Além da série de TV, Tirullipa mantém sua agendas de shows, um deles é dentro do cruzeiro de Wesley Safadão, o WS on Board, que acontece todos os anos, em meados de novembro. O humorista faz shows de stand-up na embarcação do forrozeiro. Ele já está confirmado para a edição de 2020.
“O navio é do Safadão, mas ele vem aqui só para fazer o show e vaza. Eu chego na hora que o bichinho parte e fico até o último a sair. Fico para poder ver as coisas, para analisar o que está acontecendo e colocar no show. Conto tudo, os podres, as ‘fuleragens’ do meu olhar. Sou eu que acordo as pessoas de manhã delicadamente: ‘acorda, bando de vagabundo!’. Tem que acordar porque o cara paga R$ 7 mil ou R$ 15 mil em uma cabine e vem aqui dormir e perder a merenda?”, brinca ele.
Ele e Safadão já são amigos há quase dez anos. “Desde pequeno a gente brincava de troca”, brinca o humorista. “Não, na verdade, eu o conhecia da época do Garota Safada, era aquele menininho magrinho. Ele foi assistir meu show, e um dos produtores da banda dele disse que me queria no aniversário dele. Fiz um show para a família dele e quando terminou, eu dispensei o pagamento como presente. Ganhei o cara. Claro, tava doido pelo dinheiro, mas dei o presente”, brinca Tirullipa.
De lá pra cá, ele diz que faz todas as festas da família. “Até que ele estourou, e a gente foi crescendo junto. Ele diz que sou o palhaço dele, e onde ele for, ele me leva”, afirma o humorista.
Em seus shows no WS on Board, Tirullipa faz piada com seus amigos famosos. Uma das vítimas é o cantor Léo Santana. Ele diz que todos eles aprovam a brincadeira. “Uma vez o Léo Santana ouviu falar que eu zoava com o ‘L’ dele, e ele teve que me provar que eu estava errado e mandou várias fotos para mostrar que ele não tinha a chibata pequena. Quase perdi todos os dados do meu celular fazendo o download”, brinca o humorista.
Mas ele afirma que não é simples fazer piada hoje em dia. É preciso ter a certeza de que ninguém sairá ofendido. “Hoje em dia está difícil. Qualquer coisa ofende, para eu brincar com você hoje, eu preciso pensar dez vezes antes. Ninguém mais pode brincar, está chato. Por exemplo, o MC Gui errou com aquela brincadeira que fez, foi um vacilo, mas ele jamais imaginava o que a menina estava passando, mas não precisava tanto. Mataram ele na internet, ele não faz mais shows. Dê oportunidade para que ele possa se redimir, vamos ter mais humor no coração”, opina ele.
Ao falar de seu início no humor, Tirullipa lembra que o apresentador Gugu, morto em novembro, foi o responsável por fazer a sua carreira decolar. O humorista participou do “Domingo Legal”, no SBT, no fim dos anos 1990.
“Ele mudou tudo na minha vida. Saí do nada, de uma casinha de aluguel de R$ 80 em uma favela do Ceará. Meu tio mandou uma fita comigo imitando o meu pai [Tiririca]. Na época, eu e meu pai não tínhamos tanto contato porque ele viajava muito em shows e circo. Quando ele estourou com o Fiorentina, eu fui atrás”, conta Tirullipa.
Os pais deles se separaram quando ele tinha três anos, por isso Tirullipa tinha pouco contato com o pai humorista, hoje deputado federal pelo PL. “Contei a ele que o Gugu tinha me convidado, e ele não acreditou. Deu tão certo que eu voltei ao programa nos próximos sete domingos, saí de lá com contrato com gravadora e apartamento para morar em São Paulo. Minha carreira virou uma loucura”, revela ele.
Após piadas sobre sexo, álcool e outras nem tão cabeludas assim, Tirullipa encerra seus shows cantando uma música gospel e diz que se vê como um doutor da alegria.
“Eu uso meu show para contar como Deus transformou a minha vida e que pode fazer com a sua também. Muitos que vêm no show do humor são sonhadores. Eles vêm por causa de uma depressão, de um estresse, para poder esquecer os problemas. E somos os doutores da alegria, e passo para eles que a minha cura foi Jesus. Recentemente, uma mulher me abraçou e chorou, dizendo que Deus falou com ela através de mim.”